A dualidade existente no Ensino Médio brasileiro provoca inúmeras consequências desfavoráveis à população: escola para rico e escola para pobre. Tal dualidade associa-se a questões de desigualdades socioeconômicas e educacionais, uma vez que divide a sociedade entre os que podem optar por uma Educação de qualidade (quase sempre na iniciativa privada) e os que não têm essa possibilidade. Além disso, a discrepância entre o ensino técnico-profissional e propedêutico acentua ainda mais esta problemática, pois dificulta a mobilidade social e frustra o sonho de milhões de estudantes. A partir de revisão bibliográfica realizou-se a análise de duas propostas para a resolução dessa questão, sendo estas a ideia dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (Ensino Médio Integrado) e a lei 13.415 de 2017 (V itinerário). Conclui-se que as últimas mudanças na fase final da educação básica poderão alargar ainda mais o fosso existente no Ensino Médio brasileiro.

Palavras-chave: Ensino médio; dualidade; ensino técnico-profissional, propedêutico.