Portal de Eventos do IFSP - Câmpus São Roque, VIII Jornada de Produção Científica e Tecnológica (JPCT) e XI Ciclo de Palestras Tecnológicas (CIPATEC) - 2019

Tamanho da fonte: 
ENXERTIA DE MESA PRODUÇÃO DE MUDAS EXTEMPORÂNEAS DE NIAGARA ROSADA SOB O PORTA-ENXERTO RIPÁRIA DO TRAVIU.
Nicolas Alexandrino Ferro, Fernando Barbosa Santos, Laís Martins Zutin, Maria Olazia Dias Guilardi, Flavio Trevisan

Última alteração: 2020-04-23

Resumo


A videira, pertencente ao gênero Vitis, da família Vitacea, possui diversas espécies. Destacando-se as Vitis vinífera, como produtoras de uvas finas e as Vitis labrusca, como produtoras de uvas rústicas. O gênero Vitis, possui propagação por semente (sexuada) e por estaquia (assexuada), tendo como principal utilização comercial, a enxertia. Este método, emprega o uso de porta-enxertos, que propicia uma melhor resistência a pragas e doenças de solo, tendo como principal motivo, a filoxera, que dizimou vinhedos europeus no século XIX. Com o objetivo de analisar os diferentes métodos de enxertia de mesa fora de época com a variedade Vitis labrusca Niágara Rosada e o porta enxerto Riparia do Traviu, este experimento foi desenvolvido no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de São Paulo- Campus São Roque. Foram realizadas enxertias tipo ômega, fenda simples e fenda dupla. As estacas de porta-enxerto foram cortadas com 40 centímetros de comprimento, as gemas foram retiradas. Já as estacas de enxerto, foram deixadas com uma gema, e um corte basal de aproximadamente dez centímetros de comprimento. Após o encaixe das estacas, a muda recém enxertada foi fixada com fita isolante, em seguida foram mergulhadas em solução de fungicida manzate wg (1g/L). Depois, à estaca foi imergida em parafina derretida a 70°C e rapidamente resfriadas na solução de fungicida. A etapa de estratificação das foi realizada em serragem. Foram feitas aferições no dia de plantio em vasos, ao sessenta e cento e vinte dias após o plantio em vasos. Foram avaliados os parâmentos brotação, calo na raiz, soldura do enxerto com porta enxerto, presença de raiz e morte. Nas avaliações de sessenta e cento e vinte dias foram avaliados brotação, soldura e morte. Os vasos foram irrigados três vezes por dia por microaspersores. A enxertia em fenda simples foi o tratamento no qual mais mudas morreram, com uma média de estacas responsivas de 5,8/6, já a enxertia em ômega mostrou-se inferior durante todo o experimento em relação a enxertia em fenda dupla. A enxertia em fenda dupla foi o tratamento que obteve melhores resultados de brotações durante todo o experimento. Nas condições testadas a enxertia em fenda dupla apresentou os melhores resultados. Foram contabilizadas 15 mudas formadas, correspondendo a 16,6% das enxertias realizadas. 10 mudas foram da enxertia em fenda dupla, 4 da enxertia em ômega, e apenas uma muda formada na enxertia em fenda simples. Tais resultados ainda se mostram insatisfatórios, provavelmente pela idade das estacas, pois foram armazenadas por 6 meses em geladeira antes da confecção do experimento.



Palavras-chave


enxertia